Este ano começamos a assistir a uma tendência curiosa, em que vários fabricantes optaram deliberadamente por não usar os chipsets topo de gama para os seus modelos de topo (como os Pixel da Google), como forma de os manter com preços mais acessíveis. Em 2021, parece que será também essa a táctica da Samsung relativamente ao próximo dobrável Galaxy Z Flip 3, que deverá recorrer a um chipset de gama média e nem sequer incluindo 5G.
O Z Flip continua a ser um dos modelos que tem um formato dos mais interessantes para smartphones com ecrã dobrável, mas o seu preço na casa dos 1500 euros faz com que seja pouco compatível com a maioria dos orçamentos dos consumidores. Faz por isso todo o sentido que, numa altura em que a Samsung já terá afinado a produção deste tipo de ecrãs (ao longo dos últimos anos), esteja agora interessada em tirar o máximo partido disso procurando transformar este modelo num smartphone de maior produção, e isso é algo que só poderá ser feito trazendo-o para o mercado a um preço substancialmente mais reduzido.
A utilização de um chipset mais modesto e sem a complexidade do 5G faz antever que este futuro Galaxy Z Flip 3 possa chegar ao mercado com preço abaixo dos 1000 euros - o que, não sendo "barato", seria bastante mais atractivo face aos preços actuais dos dobráveis. Depois, será o mercado a decidir se prefere optar por modelos topo de gama com ecrãs não dobráveis, ou se está disposto a abdicar de algumas funcionalidades e desempenho e dar prioridade a ter um ecrã que dobra.
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