Um dos interesses de quem considera a compra de um Galaxy Fold será ter acesso a um ecrã maior que permita presentar mais informação - mas infelizmente, não é isso que se verifica, muito pelo contrário.
Para além de continuarem as dúvidas sobre a longevidade do ecrã, mesmo depois do mecanismo ter sido revisto após o adiamento feito em cima da data de lançamento original, com vários relatos de Galaxy Fold que ficam com o ecrã danificado em poucos dias de utilização sem qualquer motivo aparente; será ainda mais grave ver que a área adicional não estará a ser usada da melhor forma.
Comparando-se o que se vê no ecrã do Galaxy Fold com o que vemos no ecrã de um smartphone convencional, somos surpreendidos por descobrir que não se ganha nada.
Pior ainda, há casos, como a Play Store da Google, onde o Galaxy Fold absurdamente mostra apenas metade do que é possível ver num smartphone convencional. Ao espreitar o top das apps, um smartphone normal permite ver 8 apps no ecrã - enquanto que o Galaxy Fold exibe apenas... 4 apps!
Há muito que se sabe que a questão dos dispositivos com ecrãs dobráveis era acompanhada por dois desafios: um relativo ao hardware, com os fabricantes a terem que criar a tecnologia necessária para poderem trazer estes ecrãs par ao mercado; o outro, relativo ao software, para que o sistema fosse capaz de se adaptar aos diferentes formatos e tirar o melhor partido disso.
No Galaxy Fold, a opção por continuar a tratar o ecrã aberto como ecrã de smartphone em vez de tablet resulta nesta caricata situação de nada ficar a ganhar face à utilização de um smartphone convencional.
É algo que já se poderia imaginar tratando-se de um produto de primeira geração... mas demonstra que ainda há um longo caminho a percorrer para que os dobráveis mostrem as suas vantagens (melhor ficarão modelos como o Razr, que quando abertos continuam a manter o formato de um smartphone convencional, por isso dispensando qualquer tratamento especial).
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