Se no caso da Apple, estávamos já a entrar um período estagnação, com os olhos a ficarem centrados nos novos modelos, no caso da Huawei e HMD, as razões são obrigatoriamente diferentes. A HMD está a sofrer as já esperadas dores de crescimento, tendo nesta altura de definir qual o seu posicionamento. Inundar os mercados com múltiplos, parece não ter sido a melhor das opções, mas haverá que esperar pelo final do ano, para se poderem tirar conclusões sobre este assunto.
A Huawei divulgou os resultados relativos ao primeiro trimestre de 2019, registando um crescimento superior a 24% face a 2018, com 118 milhões de unidades enviadas para o retalho, mas já havia indícios que o segundo trimestre poderia não ter corrido como esperado. Os dados agora partilhados para a Canalys, são relativos apenas ao segundo trimestre e vêm comprovar isso mesmo, com um decréscimo de 16%, ficando-se a Huawei por 8,5 milhões de unidades colocadas no mercado, contra 10,1 milhões em 2018. É um cenário que aponta para resultados algo diferentes dos que a marca partilhou, pelo que haverá que aguardar por uma clarificação da Huawei sobre este assunto.
Em sentido inverso, tal como já se previa, temos a Xiaomi, que está a invadir a Europa a todo o vapor. Preços baixos e especificações adequadas a cada segmento de mercado, fazem das propostas da Xiaomi, um objectivo a bater pelos OEM. Com 4,3 milhões de smartphones e 9,6% de quota de mercado, a marca chinesa registou um crescimento 48%, face aos resultados de 2018.
A grande vencedora do segundo trimestre no mercado mobile europeu, foi a Samsung, que soube aproveitar o momento menos positivo da Huawei e a sazonalidade das vendas da Apple, para reforçar a sua primeira posição, com 18,3 milhões de smartphones enviados para o retalho, que correspondem a 40,6% de quota de mercado.
Samsung reforça posição na gama média
A suportar estes resultados da marca sul-coreana, temos os smartphones de gama média, com mais de 7 milhões de unidades a chegarem as prateleiras do retalho. Os Galaxy A20e, A40 e A50, conseguiram roubar mercado à concorrência, com a Samsung a conseguir reforçar uma posição onde já chegou a ter um domínio bastante confortável.
O terceiro trimestre será particularmente interessante, pois as vendas do novo iPhone ainda não terão reflexo nos resultados e a Huawei terá de continuar a lidar com a guerra comercial imposta pelos EUA. Irá a Samsung cimentar a sua liderança no mercado mobile europeu, ou haverá uma surpresa inesperada?
Fonte: Canalys
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