A Qualcomm já não detém o domínio incontestado dos processadores mobiles, muito devido ao desenvolvimento que a Samsung e principalmente a Huawei, têm conseguido neste campo. Continua contudo a conseguir a renovar anualmente a sua linha de cpu, batendo as propostas da concorrência, que assim ganham mais motivos para manter a sua aposta no desenvolvimento dos processadores para os equipamentos móveis.
Os testes de desempenho mostram que no caso do cpu, já existe um equilíbrio, se bem que a Qualcomm ainda consiga algum destaque nos testes, com apenas um núcleo do cpu. No que diz respeito à GPU, a situação já é diferente, fruto da diferença de desempenho entre a GPU Adreno dos Snapdragon e a GPU Mali dos Exynos (e HiSilicon Kirin), com a primeira a estar ainda bem à frente em termos de performance.
Para contornar esta limitação, a Huawei tem optado por aumentar o número de núcleos da GPU e a sua frequência de funcionamento, com os resultados a conseguirem ser interessantes em termos de desempenho gráfico. Não se pode contudo descartar o impacto energético desta opção, com os smartphones da marca chinesa a terem de se fazer valer de uma bateria com maior capacidade, para alimentar a GPU Mali.
AMD Radeon pode revolucionar o mercado mobile
A Samsung tem sido algo mais comedida nesta questão da GPU, mas o acordo agora celebrado com a AMD, tem tudo para inverter o actual panorama dos cpu mobile. Ao poder equipar os processadores Exynos com uma GPU AMD Radeon, a Samsung espera conseguir apresentar equipamentos com "Ultra Low Power, High Performance Graphics Technologies".Haverá que contar com um período de desenvolvimento, que segundo a AMD, deverá levar cerca de dois anos até poder chegar ao mercado, pelo que teremos de aguardar por um Galaxy S12 ou um Galaxy Note 12, para usufruir desta tecnologia.
Esta é naturalmente uma excelente notícia para o mercado mobile, que passará assim a contar com mais uma opção de alto desempenho gráfico, podendo assim fazer frente às propostas que a Qualcomm apresenta nos seus Snapdragon. Além desta melhoria no desempenho dos Exynos, haverá igualmente que contar com a pressão que as GPU Radeon irão representar, o que obrigatoriamente, levará a que o desenvolvimento das GPU Adreno não estagne, sob pena de ver a sua quota de mercado diminuir.
Huawei terá de encontrar alternativas ao Mali
A assistir a estas movimentações, temos a Huawei, com os seus Kirin da HiSilicon a estarem ainda dependentes da GPU Mali. Partindo do princípio que a AMD conseguirá disponibilizar um produto de elevado desempenho, a Huawei ficará em maus lençóis, fruto do reduzido leque de opções que terá à disposição.Para contornar esta situação, a marca chinesa poderá apostar no desenvolvimento in-house de uma GPU, o que se ainda não aconteceu, levará por certo alguns anos até ser possível colocar um produto de qualidade no mercado. Outra possibilidade, talvez mais interessante (pelo menos em termos teóricos) poderá passar pela celebração de um protocolo com a NVIDA, com vista ao desenvolvimento de uma GPU GeForce para equipar os processadores Kirin. A Huawei ganharia assim um apoio de peso e a NVIDIA uma boa razão para se bater com a AMD no mercado mobile.
Nesta altura, estas opções não passam de pura especulação, pelo que teremos de aguardar pelas movimentações destes pesos pesados, sendo certo que o alinhamento do mercado mobile, poderá sofrer alterações no curto prazo.
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