O diferendo entre a administração americana e o governo chinês, há muito que se vem a arrastar no tempo. A mais recente decisão do Sr Trump acabou por precipitar os acontecimentos, levando um importante conjunto de empresas americanas, a suspender os seus negócios com as entidades que façam parte da lista negra definida pelo governo americano.
A Google é um dos nomes envolvidos nesta trama, que tem como pano de fundo as suspeitas de espionagem que terão sido levadas a cabo. Ao decidir respeitar as decisões do Sr Trump, a Google fecha a porta à Huawei, ficando a marca chinesa limitada à área open-source do Android.
O facto de esta situação já se vir a arrastar há algum tempo, levou a que a Huawei se preparasse para este cenário indesejado, onde se vê impossibilitada de utilizar o Android na sua plenitude. Foram frequentes as abordagens a este tema, mas a Huawei fez sempre questão de reafirmar a sua aposta na cooperação com a Google, algo que de resto era bem patente a cada apresentação de um novo smartphone, com os responsáveis da marca americana, a brindarem a plateia com longas palestras técnicas.
O plano B sempre existiu!
A existência de um plano B faria todo o sentido em face da aposta que a Huawei tem vindo a fazer no segmento mobile. Uma marca que ocupa actualmente o segundo lugar neste mercado, não poderia deixar esta questão do Android ao acaso, pois uma qualquer situação indesejada como esta que agora teve lugar, poderia deitar por terra todo o investimento que tem vindo a ser efectuado.O Android foi sempre a opção número um, mas recentemente, o CEO do Consumer BG da Huawei, Richard Yum confirmou a existência de um plano B, caso a marca chinesa ficasse impedida de utilizar este sistema operativo.
Não se sabem detalhes sobre este plano B, mas tendo em conta todos os avanços que a Huawei tem apresentado no software que apresenta nos smartphones para o mercado chinês, é de crer que a solução final não esteja muito longe de poder ser disponibilizada globalmente.
O exemplo da ZTE, ou não...
Esta alternativa poderá no entanto nunca se vir a verificar, pois é de crer que o governo chinês se prepare para mover as suas peças, respondendo à decisão do governo americano. O recente caso da ZTE é disso exemplo, com a marca a passar um par de dias, de um encerramento total, para um plano de reestruturação.É certo que os negócios da Huawei não se limitam aos smartphones, indo na verdade muito para além dos mesmos, sempre precisamente esta a razão para todo este enredo político. Se de um lado está a questão tecnológica, no outro prato da balança entra a questão financeira, com o peso da dívida dos dois países, a poder dar origem a um volte face radical.
Há por isso que aguardar os próximos movimentos neste jogo de xadrez político, sendo que toda esta incerteza em nada beneficia o Android em particular e os consumidores em geral.
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