A Samsung já lançou no mercado nacional o mais recente representante da família Galaxy S - o Galaxy S10 - que se pode dizer que, finalmente, cumpre com praticamente tudo o que se desejava que um Galaxy S fosse.
O Galaxy S10+
O Galaxy S10 Plus vem equipado com um ecrã AMOLED QHD+ HDR de 6.4" (6.3" considerando os cantos curvos) full-screen, com um furo para a câmara frontal dupla e sensor de impressões digitais ultra-sónico integrado, CPU octa-core, 8GB+128GB, um conjunto de câmaras triplas na traseira (12MP OIS F1.5/2.4, 16MP ultrawide F2.2, 12MP telefoto OIS F2.4), câmara dupla frontal 10MP F1.9 + 8MP F2.2, bateria de 4100mAh com carregamento rápido, carregamento wireless e Wireless PowerShare para recarregar outros equipamentos wireless, e ainda resistência IP68. Temos também WiFi ax para velocidades superiores a 1Gbps caso tenham dispositivos compatíveis.
A nível de acabamentos não há nada a apontar, tendo uma qualidade de construção de "luxo" - como manda a tradição dos Galaxy S desde que transitaram para o metal e vidro. No entanto, não deixa de ser um pouco estranho que a Samsung tenha optado por aplicar um protector de ecrã de origem, coisa que neste segmento de luxo não seria o mais adequado. (Por outro lado, serve como comprovativo de que é possível ter um protector de ecrã e continuar a utilizar o sensor de impressões digitais ultra-sónico, mais sensível a estas coisas).
Também de destacar a opção da Samsung de manter uma ficha de 3.5mm para os headphones, e incluir uns earphones AKG na caixa.
Pela negativa, a insistência da Samsung em "regionalizar" os seus smartphones, sendo que estes Galaxy S10 terão que ser activados obrigatoriamente por um cartão SIM Europeu, e obrigando a efectuar uma chamada de 5 minutos(!) com esse cartão antes de se poder utilizar um cartão SIM de outras regiões.
O ecrã com "furo" e sensor de impressões digitais ultra-sónico
Comecemos pelas partes que mais curiosidade podem causar. O ecrã AMOLED do Galaxy S10 Plus é um ecrã que volta a elevar a fasquia da qualidade no segmento OLED - não havendo nada senão boas coisas a dizer a esse respeito. Para escapar aos habituais "notches", a Samsung optou por fazer um furo no ecrã, que acaba por permitir uma integração bastante elegante da câmara frontal e havendo também a possibilidade de usar wallpapers que ajudam a camuflar este elemento.
Um detalhe simpático é o facto de se ver um efeito de aro iluminado quando a câmara está a ser activada para o reconhecimento facial ao se desbloquear o Galaxy S10, que é daqueles pormenores que ficam sempre bem.
Quando ao sensor de impressões digitais, a Samsung optou por não usar um sensor óptico mas sim estrear um sensor ultra-sónico. Não posso dizer que as minhas primeiras tentativas tenham sido muito positivas (por diversas vezes o S10 pedia-me para "carregar com mais força"), mas depois de um curto período de habituação a coisa melhorou. Como vantagem face aos sensores ópticos, não há necessidade de iluminar aquela secção do sensor, evitando a ocasional "flashada inesperada" ao tentar usar o smartphone às escuras.
As câmaras
Os Galaxy S dos últimos anos têm sido modelos de referência a nível das câmaras, e por isso havia bastante curiosidade para saber que tal o S10+ com as suas três câmaras se iria comportar.
Curiosamente, e ao contrário do que estava à espera, o que mais me surpreendeu foi a utilidade da câmara com objectiva ultra-wide; e que quase me fez esquecer que ali ao lado continuávamos a ter a câmara principal (com abertura dupla) e a câmara telefoto - estas permitindo fazer o mesmo tipo de coisas já possíveis no Galaxy Note 9.
Este é o tipo de foto que estamos habituados a tirar "de perto" com o smartphone. Passando-se para a câmara ultra-wide, o efeito é este: em vez de um só prato passamos a apanhar quase a mesa toda!
E os mesmos benefícios ficam sempre a um toque de distância, onde quer que se esteja: zoom, normal e ultra-wide.
Tudo isto resulta numa enorme versatilidade para tirar fotos em todo o tipo de situações.
Como curiosidade, o modo "lente" que pode usar inteligência artificial para tentar reconhecer as coisas que temos à frente da câmara, e que embora não seja 100% fiável, funciona bastante bem. Na imagem acima podemos ver que detectou correctamente fruta e erradamente (mas sendo uma boa tentativa) uma caneca no fundo.
Passando para a câmara da frente, a funcionalidade mais curiosa são os AR Emoji, que se comportam bastante bem a replicar os nossos movimentos em bonecos animados ou numa nossa representação digital (se bem que continuo curioso sobre a taxa de utilização desta funcionalidade).
Em funcionamento
Em termos de funcionamento, o Galaxy S10 Plus vem confirmar aquilo que já se tem feito notar nos últimos anos. Os smartphones topo de gama têm desempenho suficiente para tudo e mais alguma coisa (neste caso até podendo trabalhar como "desktop" usando-se o DeX), e por isso, será difícil notar-se qualquer hesitação. A autonomia também surpreendeu pela positiva, permitindo usá-lo sem preocupação, tanto em jogos como a tirar fotos e vídeos, e até podendo emprestar-se alguma carga a outros equipamentos sem necessidade de cabos.
A nível da navegação, recomendo libertar o ecrã dos habituais botões virtuais de navegação no Android e optar pela navegação por gestos, que até pode manter no ecrã uns indicadores visuais para facilitar a localização dos sítios para os diversos gestos - mas sendo algo que rapidamente se torna desnecessário.
Além disto, o novo interface Samsung One UI representa efectivamente um grande avanço face aos tempos do TouchWiz, oferecendo uma experiência bastante mais consistente (e fluida) de utilização.
Dito isto, continuam a estar disponíveis opções e mais opções que merecerão dias ou semanas de exploração, para se colocar o Galaxy S10 Plus tal e qual como se deseja, incluindo os painéis lateral de acesso rápido a apps, contactos e muitas outras opções e funcionalidades.
Apreciação final
Este Galaxy S10 Plus foi uma boa surpresa. Depois de anos a reduzir as margens (incluindo as partes laterais com o seu ecrã "edge" que agora passou a "Infinity-O Display") a Samsung consegue finalmente aproximar-se, mais que nunca, do objectivo de "margens-zero".
Nada havendo a apontar no desempenho, e com uma incrível versatilidade em termos de fotos dada pela nova câmara ultra-wide, é difícil encontrar justificações para não gostar do Galaxy S10 Plus - a não ser o seu preço de 1029 euros. Com um ecrã de referência na indústria, qualidade fotográfica ao nível do melhor no segmento, boa autonomia, e um design atractivo, não há muito mais a dizer a não ser que o Galaxy S10 Plus sai daqui com um:
Samsung Galaxy S10+
Escaldante
Prós
- Ecrã
- Câmaras
- Design
- Ficha 3.5mm para headphones
Contras
- Preço
- Preço...
- ... e ainda o preço
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