2018 foi um ano que acabou por ficar aquém do esperado, muito devido às elevadas expectativas que o Project Treble criou. Em termos hardware, salvo honrosas excepções, as diferentes marcas não conseguiram apresentar produtos verdadeiramente inovadores, o que acabou por contribuir decisivamente para um ano morno em termos tecnológicos.
Toda ilusão à volta das actualizações acabou por se ir esfumando ao longo do ano, com os OEM a ficarem muito longe daquilo que se esperava e de resto se exige neste campo. A Essential (com apenas um smartphone no mercado), conseguiu bater a própria Google, mas o seu portefólio não tem representatividade no mercado mobile. O mesmo se pode dizer para a OnePlus, se bem que neste caso já temos mais smartphones e os equipamentos lançados no ano anterior, também já foram alvo de actualização.
Sony e Nokia (HMD) surgem ainda em primeiro plano, com vários smartphones já a correr Android 9 Pie. Samsung e Huawei já começaram a "abrir a torneira", mas as actualizações estão a chegar a conta gotas. A Asus melhorou a sua prestação, com o ZenFone 5Z a receber o update ainda em Dezembro, ficando a faltar a restante armada de smartphones.
Este acaba por ser um panorama desolador, não havendo razões para festejar. A Google e os diferentes OEM têm ainda muito trabalho pela frente. Passemos à analise da prestação das diferentes marcas que operam em Portugal, começando pela número 1, a Samsung.
A marca Sul Coreana manteve a tradição e o Galaxy S9(+) acabou por ser apenas uma edição revista do S8, acabando por não deslumbrar. O Galaxy Note 9, com a sua SPen, consegue manter-se fiel ao seu nicho de mercado, tendo respondido ao que se pretende de um equipamento deste tipo: desgin premium, autonomia estendida, desempenho de topo e câmaras que permitam obter imagens de grande qualidade.
A Huawei ocupa actualmente o segundo lugar no ranking mobile. O seu P20 Pro surpreendeu com uma câmara tripla, que foi capaz de bater toda a concorrência, Apple incluída. Depois do desempenho, a segunda milestone ficava assim assegurada, algo que viria a ser confirmado no último trimestre de 2018, com o Mate 20 Pro. Um novo processador e um novo trio de câmaras (caiu o sensor monocromático, dando lugar a uma grande angular) foram os pontos em destaque no Mate 20 Pro.
Como o terceiro lugar continua ocupada pela Apple, passemos para o grosso do pelotão, sem contudo seguir a ordenação no mercado mobile. Destaques pela positiva, para a OnePlus, Nokia e Asus.
A OnePlus vai conseguindo manter-se competitiva e os OnePlus 6 e 6T são prova disso mesmo. O preço, ainda na casa dos 500€ (549€, mais precisamente) é ainda um importante trunfo, graças ao encarecimento dos topo de gama das restantes marcas.
A Nokia tem um ano interessante, com a renovação do portefólio de smartphones. O Nokia 8 foi aposta para a gama alta (se bem que com um Snapdragon 835 de 2017...), mas acabou por ser na gama média que a HMD conseguiu brilhar com o Nokia 7 Plus, um equipamento completo, a preço super competitivo.
A Asus foi a surpresa do ano. Esteve pela primeira vez no MWC de Barcelona para apresentar novos smartphones e acabou por fazê-lo de uma forma totalmente inesperada, ao anunciar o preço do ZenFone 5Z. 499€ por um smartphone "de marca", foi suficiente para colocar em sentido toda a concorrência, inclusivamente os outsiders como a OnePlus.
Há ainda que referir a ex-espanhola BQ, que continuou a apostar na gama média, com os renovados BQ X2 e X2 Pro, smartphones que mostraram ser uma boa aposta para quem procura um equipamento de qualidade.
Longe do esperado, continuam as históricas Sony, LG e HTC, com a não aposta desta última em Portugal, a ser quase igual aos seus resultados a nível mundial. A LG andou para trás e para a frente, tendo o LG G7 ThinQ chegado até nós a meio do ano, com um preço demasiado alto para a actual posição da marca no mercado mobile. A Sony, continua igualmente meio perdida, tendo renovado o design dos seus topo de gama, aquando do lançamento do Xperia XZ2. Surpreendentemente, apresentou na IFA 2018 o Xperia XZ3, corrigindo algumas das falhas do modelo anterior.
A Motorola, está oficialmente de regresso ao nosso país, se bem que de uma forma discreta, longe do impacto que conseguiu há alguns anos atrás, com o lançamento do Moto G. Já a Alcatel, optou por cerrar fileira e reorganizar-se, voltando a investir na gama de entrada e média baixa, segmentos onde a Wiko também aposta forte.
Para último, fica a Xiaomi, que já está oficialmente presente em Portugal, se bem que ainda a dar os primeiros passos. Os preços inflacionados, quando comparados com os disponíveis na Amazon Espanha, não têm ajudado nesta implantação no nosso mercado. O mercado online, se bem que "sem garantia", acaba por ser uma opção a ter em conta, por quem pretenda adquirir um dos muitos (e bons) smartphones Xiaomi actualmente no mercado.
Nota: A Google fica fora deste breve resumo, devido ao facto de os seus smartphones continuarem a não estar disponíveis em Portugal. Os Pixel têm o seu encanto, mas estão longe de conseguir o mesmo impacto dos Nexus...
01/01/2019
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