Os smartphones têm crescido e crescido, ao ponto de hoje em dia se considerar normal um smartphone com ecrã de 6". O CEO da OnePlus diz que gostaria de criar um smartphone mais compacto, mas que a grande limitação actual é a bateria.
Se por um lado os smartphones actuais são os mais poderosos computadores portáteis para o tamanho que têm, por outro, não podemos deixar de ignorar que o seu tamanho já não é aquele que tinham noutros tempos - e a OnePlus está consciente disso. O seu CEO, Pete Lau, diz que gostaria de criar um smartphone mais compacto, mas que o maior problema é que com isso se reduz o volume disponível para a bateria, e que o mercado não está interessado num smartphone com bateria reduzida.
Bem... não posso dizer que concorde com essas afirmações. Não nos podemos esquecer que, num passado não muito distante eram comuns smartphones bastante mais compactos, e que nos ofereciam autonomias aceitáveis. De resto, não estamos a falar em exagerar como no micro-smartphone da Palm com ecrã de 3.3" - um smartphone com ecrã full-screen de 4.5"-5" seria considerado compacto nos dias de hoje e, graças à miniaturização das mainboards, permitiria manter uma bateria razoável, maximizada pela utilização dos chips mais eficientes de 7nm.
O único elemento que faltaria para garantir que esta receita tivesse sucesso seria ter um preço apetecível, mas isso é algo que já vimos ser perfeitamente possível. Se a Xiaomi consegue criar um topo de gama como Pocophone F1 da Xiaomi a menos de 300 euros, não seria difícil imaginar que seria mais que realista fazer-se um modelo mais compacto no mesmo patamar de preço (pelo menos). Resta apenas saber se haverá algum fabricante a arriscar nisso, ou se realmente o mercado já se converteu aos smartphones gigantes e não está interessado em regressar aos tempos em que os smartphones ainda cabiam nos bolsos e se conseguiram segurar com segurança nas mãos.
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