Em causa estão coisas como a exigência de que os fabricantes definam o Google como motor de busca pré-definido e tenham o Chrome pré-instalado caso queiram ter acesso à Play Store da Google; proibição dos seus parceiros venderem outros equipamentos que usem sistemas rivais baseados no Android open-source; e ainda através de incentivos financeiros para que os fabricantes disponibilizem apenas os serviços da Google pré-instalados. Opções que várias empresas concorrentes dizem constituir uma vantagem ilegal sobre o mercado, que limita a utilização de serviços alternativos.
Relembre-se que na Rússia a Google enfrentou um caso idêntico, e acabou por disponibilizar um sistema que pergunta aos utilizadores qual o serviço de pesquisa que querem utilizar (Google, Yandex, Mail.ru) da primeira vez que abrem o Chrome - sendo muito provavelmente esse o desfecho que irá resultar desta multa de 4.3 mil milhões de euros; sendo também provável que a mesma venha a ser alterada, pois a Google deverá disputar este caso com todo o poderio do seu batalhão de advogados, significando mais alguns anos de procedimentos nos tribunais.
Quanto a mim, o mais surpreendente é que a Google, conhecendo bem o caso da Microsoft e do Windows (que também foi forçada a disponibilizar uma opção de escolha de browser na Europa) não se tenha sabido antecipar a isto, implementando algo idêntico de forma preventiva. Não custaria nada e a esmagadora maioria dos utilizadores continuaria a escolher os serviços da Google sem prensar duas vezes...
Por: Carlos Martins
0 comments:
Enviar um comentário