Quem tiver um Nexus 6P que foi reduzido a pisa-papéis por ter ficado em bootloop tem agora a oportunidade de o recuperar para um estado funcional; mas terá que abdicar dos cores de maior desempenho do seu Snapdragon 810.
Os Nexus da Google deveriam ser equipamentos de referência, mas não é a primeira vez que os mesmos têm que enfrentar problemas de hardware (lembram-se dos problemas da memória flash do primeiro Nexus 7?) Infelizmente, também o Nexus 5X e 6P foram atormentados por diversos problemas, sendo que o pior dos quais faz com que fiquem ciclicamente num processo de boot, impedindo a sua utilização. E a coisa piora ainda mais para quem se deparar com este problema depois do período de garantia... (por cá, temos isto minimizado graças aos dois anos de garantia, mas não o evita completamente).
Afinal, o problema parece estar relacionado com um problema no Snapdragon 810 octa-core; mais concretamente nos cores A57 de alto-desempenho, sendo que a desactivação dos mesmos - passando-o a quad-core, utilizando exclusivamente os seus cores A53 - resolverá a questão do bootloop. Relembro que o Snapdragon 810 sempre foi um chip problemático, que prometia dar um salto no desempenho mas sendo afectado por problemas de aquecimento, e que até resultaram no afastamento da Samsung, que o pretendia utilizar para o Galaxy S6 mas optou (e bem) por apostar nos seus Exynos.
Esta "solução" não-oficial encontrada para o Nexus 6P irá deixa-lo com um desempenho bastante mais reduzido, pois ficará restringido à utilização do bloco quad-core que deveria ser dedicado apenas a tarefas com baixo consumo de energia; mas... entre isso e ter um pisa-papéis, sem dúvida que será melhor continuar a ter um smartphone funcional. E, para quem preferir ver o lado positivo das coisas, até poderá apreciar ter uma autonomia prolongada por não utilizar os cores mais gastadores de energia.
Ainda assim... teria sido muito melhor ver a Google, Huawei e Qualcomm assumirem que se trata de um problema de fabrico, e honrar a troca dos equipamentos com este problema num período de tempo mais alargado.
Publicado originalmente no AadM
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