A Netflix sabe que nem todos têm acesso a ligações de fibra ou 4G, e por isso está a implementar um novo sistema de compressão que permite ter streams com vídeo de qualidade mesmo a bitrates tão baixos quanto 100kbps.
Em tempos não muito distantes, a ideia de comprimir uma simples faixa áudio com qualidade CD para algo como 100kbps já pareceria ficção científica; passando a ser realidade com o surgimento dos MP3. Mais tarde, o mesmo desafio impossível aplicava-se aos vídeos, e novamente o MPEG4 veio tornar o sonho realidade, permitindo condensar gigabytes de vídeo em poucas centenas de megabytes. E agora, todos os avanços e desenvolvimentos feitos ao longo dos anos servem de base à missão da Netflix de nunca fazer o cliente esperar para ver o que quer, mesmo que esteja com uma ligação má e com velocidades bastante reduzidas.
A Netflix já utiliza diferentes versões comprimidas para cada um dos seus conteúdos, para que possa escolher automaticamente aquela que é mais adequada para as condições da ligação no momento. No entanto, quando se trata das versões mais comprimidas, a qualidade de imagem é bastante sofrível - algo que a Netflix quer resolver com o seu novo Dynamic Optimizer.
O Dynamic Optimizer recorre a um sistema de inteligência artificial que analisar um filme cena a cena, e aplica diferentes parâmetros de compressão optimizados especificamente para cada cena - em vez de um aplicar uma compressão "burra" que tem por objectivo manter apenas um determinado bitrate independentemente de tudo o resto.
Com este sistema, a Netflix conseguiu a proeza de ter streams de apenas 100kbps com qualidade substancialmente superior à que o actual sistema conseguiria ter com o dobro do bitrate, e o seu efeito em breve começará a fazer-se sentir entre os seus clientes, que poderão ver os conteúdos que pretendem com melhor qualidade... e poupando dados.
Publicado originalmente no AadM
0 comments:
Enviar um comentário