28/11/2016

28/11/2016

Xiaomi diz que pode vender milhões de smartphones sem ter lucro



Não é propriamente novidade que as margens no negócio dos smartphones são reduzidas, o que dificulta a vida dos fabricantes. A escapatória está na gama alta, que permite fazer uso do nome da marca, para suportar um preço inflacionado.
A Xiaomi tem vindo a sofrer uma forte ofensiva na China, muito por culpa das investidas da Huawei e VIVO e também da multiplicidade de pequenas marcas que lhe roubam clientes. A aposta noutros mercados, como a Índia e possivelmente o mercado Ocidental, são assim alternativas para manter os lucros.

Hugo Barra proferiu recentemente uma afirmação no mínimo, curiosa: "We could sell 10 billion smartphones and we wouldn’t make a single dime in profits. Basically we’re giving them to you without making any money… we care about the recurring revenue streams over many years"

A Xiaomi conta com os acessórios e serviços, para aí garantir os lucros que dispensa na venda dos equipamentos. A interface MIUI tem aqui um papel importante, permitindo à Xiaomi controlar todos os aspectos do desenvolvimento e produção mais de perto.

Há contudo um aspecto que importa referir. O mercado Oriental não tem equiparação no Ocidental, não sendo possível aplicar os mesmos modelos de negócio. A Huawei ainda recentemente deu notas de perceber isso mesmo, ao ocidentalizar a sua interface EMUI, adaptando-a mais aos gostos do Ocidente.

Estará a Xiaomi preparada para fazer o mesmo? Será que vai ser já no próximo CES? Já falta pouco para ficarmos a saber.

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