03/11/2016

03/11/2016

Firefox promete um browser ultra rápido para o próximo ano


Frustrados por verem o vosso browser a "engasgar" ocasionalmente, mesmo quando estão a usar um computador com o mais recente CPU e dezenas de gigabytes de memória? A Mozilla quer acabar com isso e dar num salto de gigante na forma como se olha para a web com o seu projecto Quantum, que deverá começar a mostrar resultados daqui por um ano.

O projecto Quantum quer deitar fora tudo aquilo que é usado nos browsers actuais e começar do zero. Sendo que a ideia por trás deste raciocínio é a de que os browsers utilizados actualmente continuam a utilizar o mesmo tipo de "filosofia" que nasceu nos tempos em que os computadores tinham apenas um único processador, onde a memória RAM se media em megabytes e não em gigabytes, e onde GPU era algo que nem se saberia o que era.

Para este novo web engine, os pressupostos são completamente diferentes, estando preparado para tirar partido de todos os núcleos de processamento disponíveis, do GPU, e tudo o mais - e a promessa é a de que teremos um browser com um desempenho tão à frente daquilo que temos hoje, que potenciará a criação de toda uma nova web, mais dinâmica e potente que nunca.

Esperemos que sim, mas teremos que esperar até ao final de 2017 para ver se a Mozilla consegue, de facto, tornar realidade estas promessas. E no caso de o conseguir fazer, deixo já como sugestão que apliquem a mesma linha de pensamento a um novo sistema operativo; já que também os sistemas operativos actuais sofrem do mesmo mal de derivarem de conceitos e ideias criados para o hardware do século passado (por exemplo, é simplesmente vergonhoso - eu diria inaceitável - que um computador faça um utilizador aguardar para "carregar um programa", ou que mesmo com o multitasking, frequentemente se note o computador a solução e a adiar a resposta a uma acção do utilizador por vários segundos.)

Se bem que... se a Mozilla conseguir fazer o Quantum tal como pretende... será mais uma ajuda para começarmos a tratar o browser como sistema operativo e a web como os "programas" que estão à distância de um URL.

Publicado originalmente no AadM

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