11/03/2016

11/03/2016

Google prepara-se para resolver o problema das actualizações


O problema é crónico, mas pode estar prestes a ser resolvido. Há indícios que apontam nesse sentido, pelo que a questão das actualizações poderá estar prestes a deixar de ser um problema.
Como é habitual nestas situações, depois de disponibilizada a primeira versão de testes, há logo quem trate de analisar as entranhas do Android, procurando identificar as novidades que a Google nos terá reservado.
Iremos ao longo dos próximos dias apresentar os aspectos mais relevantes do Android N e na minha opinião, vamos começar por aquele que poderá marcar decisivamente o futuro deste sistema operativo.

As actualizações são desde a primeira versão um problema sem fim à vista. A passagem de algumas aplicações para o Google Play permitiu manter as mesmas actualizadas em tempo útil, não tendo assim que se aguardar por uma nova versão do Android para as poder utilizar.

Já por diversas vezes abordamos este tema e avançamos com possibilidades teóricas que poderiam ser uma solução para esta questão. Há que retirar do core do sistema tudo o que não seja nevrálgico para o seu funcionamento. Desta forma, as actualizações poderão funcionar de forma mais independente do resto do Android. Os fabricantes ficam com mais margem de manobra para modificar as áreas que bem entenderem, sabendo de antemão que estas mesmas alterações não terão impacto directo no core do sistema.

Fruto dos trabalhos de uma primeira análise ao Android N, esta possibilidade poderá estar a ser considerada e implementada, havendo alguns indícios que apontam nesse sentido. Há partes do sistema que estão a ser colocadas nas partições vendor e OEM, sendo que a quando do arranque estas mesmas poderão ligar-se ou até mesmo sobrepor-se ao que é disponibilizado na versão do Android.

Estas aplicações podem ter largo impacto no sistema, dando assim a possibilidade às marcas para configurarem o Android a seu gosto. As actualizações poderiam trabalhar de forma desfasada, com a Google a actualizar o núcleo do Android, independentemente daquilo que as marcas apresentem nas áreas da sua intervenção.

No Android N, a Google optou por dividir o Android em duas partes: o core do sistema e a interface, onde encontramos as aplicações, notificações e tudo aquilo com que o utilizador interage.
Cada marca poderá assim criar a sua interface e as funcionalidades que bem entender, sem com isto estar a colocar em risco as actualizações do núcleo do sistema. As actualizações de segurança seriam logo o primeiro aspecto a ficar resolvido, chegando directamente via Google, sem intervenção das marcas.

São apenas possibilidades, mas o caminho está aberto. E já que estamos numa onda de sonhar, reitero uma ideia já avançada em outros artigos: a possibilidade de o utilizador definir no primeiro arranque se pretende utilizar a interface Google ou a da marca do equipamento.

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