Há um ano atrás, revelava-se que a Samsung não iria usar o Snapdragon nos seus novos Galaxy S6 devido aos problemas com o aquecimento; um ano depois, como é que isso afectou a Qualcomm e os seus chips?
A Qualcomm conseguiu fazer com que os seus Snapdragon fossem considerados os chips de referência no segmento mobile (deixando de lado os chips da Apple produzidos exclusivamente para os seus produtos), e o seu Snapdragon 810 era visto como tendo sucesso garantido, e usado pelos melhores smartphones de 2015, incluindo os então futuros Galaxy S6.
Só que o 810 veio a revelar-se uma desilusão. Era potente sim, mas a sua propensão para aquecer significava que o seu desempenho efectivo pudesse ser inferior ao de chips menos potentes. E embora alguns fabricantes se tenham mantido fiéis à Qualcomm (se calhar, por não terem alternativa) no caso da Samsung a opção foi usar exclusivamente os seus próprios CPUs Exynos. Sendo a Samsung o fabricante que mais dispositivos vende, seria lógico que esta opção se traduziria em más notícias para a Qualcomm.
Um ano depois, a Qualcomm não consegue esconder o impacto de todo este episódio. O 810 foi alvo de uma revisão que supostamente resolve (parcialmente) os problemas de aquecimento, mas as atenções estão já voltadas para o Snapdragon 820, com o qual a empresa procurará fazer esquecer a geração anterior. Neste período vimos também a aumentar substancialmente o protagonismo da MediaTek, especialmente nos equipamentos de marcas chinesas - embora também se note que a Qualcomm tenha feito grandes esforços, de modo a que alguns deles optassem pelos seus chips.
De qualquer forma, o maior sinal de quanto as coisas mudaram será provavelmente o facto de, um ano depois da Qualcomm levar um corte da Samsung, recorrer à Samsung para fabricar o seu novo Snapdragon 820
Publicado originalmente no AadM
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